sábado, agosto 04, 2007

Títulos. Por que eles são tão importantes?

Se tem uma coisa que eu não sou boa é em escrever títulos. E é incrível como ele é peça fundamental de um texto. É exatamente aquilo que vai te dizer se é ou não interessante ler aquele texto. Por mim nenhum texto teria título. Escrevo o texto em dez minutos e o resto do tempo é pensando em que nome irei dar a ele. Pra que nome? Nome é uma coisa muito pessoal. Veja bem, uma mãe olha para cara da criança recém nascida e decide, movida por uma razão obscura, que a aquele pequeno ser vai se chamar Eudorico José. A criatura vai ter que carregar esse título, essa praga o resto da vida. O mesmo penso em relação aos nomes que damos aos texto. Movidos por uma razão inexplicável escolhemos o título que iremos dar ao nosso recém parido texto. Se o nome for bom, ótimo. Parabéns para você. Agora, se for péssimo. O pobre do texto está condenado, assim como Eudorico José, a carregar essa fardo e ser lembrado como o “texto de nome horrível”. Sou contra. Se o texto tivesse oportunidade de falar, deixaria-o escolher a melhor de ser chamado. Mas como eles precisam de mim. Coitados, sofrem calados.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Oh Coração

Oh coração, por que és tão confuso? Inexplicável para mim? Me diz quanto tempo mais sentirei-me assim, perdida, iludida? Não existem mais ilusões a serem sofridas. As decisões já foram esclarecidas. Novos caminhos já foram traçados. Mas me diz, por que ainda sinto esse vazio? Essa esperança? E essa dor no peito? Vai passar?
Me liberta dessa dor, desse vicio. Desse desejo continuo. Das noites mal dormidas. Das lagrimas perdidas. Me traz a cura, o remédio, a solução para essa doença. Me traz uma nova paixão.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Charles Bukowski

"...sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais e nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro para viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Contudo, pouco me importava..."