quarta-feira, maio 09, 2007

Litlle Miss Sunshine


Segundo o mini dicionário Aurélio, uma das definições para a palavra família é “conjuntos de tipos com as mesmas características básicas”. Segundo algumas pessoas, a palavra família tem além de seu significado um peso e uma força muito grande em cima das pessoas. É possível abstrair e perdoar erros de alguém, pelo simples fato dele ser da sua família. É comum ouvir pais, mães, irmãos dizerem aos outros “esquece isso, ele é seu pai/ irmão/ tio”.
O que seria um exemplo de família perfeita? Seria aquela sem brigas, conflitos, onde as pessoas sorriem o tempo inteiro para as outras e nunca as magoam? Ou seria justamente o contrario? A família perfeita não seria aquela onde cada individuo que a compõem tem características próprias, vontades e manias? Que se incomodam com o jeito do outro, que condena certos gostos? Mas, que a pesar de todas as diferenças tem um momento só deles, onde as diferenças são deixadas de lado e o momento é apreciado sem moderação? Onde ali, naquele momento, é possível perceber, que por trás de tantas diferenças, na verdade, eles são tão iguais? Seria essa a verdadeira família?
Em “Litlle Miss SUNSHINE” o modelo de família apresentado é de uma família onde os indivíduos estão tão ocupados em conquistarem seus objetivos, seja em vira piloto da força aérea americana, para isso fazer voto de silêncio, seja, escrevendo nove passos para se obter o sucesso, mesmo sendo nitidamente um fracassado, seja cheirando heroína para chamar atenção e mostrar que não é necessário um asilo. Todos estão tão ocupados com suas vidinhas, que esquecem de olhar para o lado, até que a pequenina Oliver é chamada para participar de um concurso de Miss.
O tio suicida, o irmão mudo, o avô drogado, o pai obcecado pelo sucesso e uma mãe neurótica por verdade vêem suas vidas darem uma guinada dentro de uma Kombi velha. Percebem a necessidade da união e o poder de um sonho. Percebem também como é bom existir a liberdade para ser quem você é e poder conviver e ser uma família feliz.
“Litlle Miss SUNSHINE” é como uma tapa na cara, sutil, doce e engraçado. Mas nos faz pensar em conceito de família, até que ponto estamos dispostos a dividir nossas vidas como pessoas que não escolhemos, simplesmente fomos impostas a aceitá-las. Nos faz entender que diferenças fazem parte desse difícil conjunto que é um lar familiar, mas, que nenhuma dessas diferenças superam o laço de sangue.
O filme é vencedor do Oscar 2007, com o melhor ator coadjuvante “Alan Arkin” e melhor roteiro original “Michel Arndt”. O elenco do filme é composto por Greg Kinnear, (pai), Steve Carell (tio suicida), Tomi Collette (a mãe), Paul Dano (o irmão mudo), Alan Arkin (o avô drogado) e finalmente a pequena Abigail Breslin, que é o fio condutor dessa estória. O titulo do filme em português é “Pequena Miss Sunshine” e encontra-se disponível em todas as locadoras do Brasil.









fotos tiradas do google imagens
Texto: Mariana Riccio

De volta?

Abandonei por meses esse blog. Pretendo retomá-lo.
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Até breve!