quinta-feira, dezembro 28, 2006

2006 / 2007

Uma vida inteira pela frente. Mil vontades a manifestar. Um desejo preste a se realizar. Outros deixados para trás. Ilusões. Muitas decepções. Muito aprendizado. Sou fruto de quedas. De erros. De acertos. Sou fruto dos meus sonhos. Dos meus pés no chão. Sou firme e coerente e ao mesmo tempo inconseqüente. Sempre aprendo da pior forma. Cheguei à conclusão de que é a melhor forma. Dói. Sangra. Mas cura. Não ilude. Sou uma pessoa boa. Com ótimas intenções. Mas sei ser sarcástica. Dramática. Dissimulada. Todo mundo sabe. Não sabe? Sabe sim. Pise no calo. Trate com indiferença. Faça de besta. Ou melhor. Faça de otário. Não dou dois dias para a pessoa aprender. Foi assim comigo e é assim com todos. A gente só aprende a bater, quando apanha. Nessa guerra com a vida, até que aprendi a dar umas porradas. Mais meu rosto ainda queima com o ardor das pancadas. Vão passar. Tudo passa. Tudo vai passar. Tudo passará. Depois de anos, sinto um peso que fora instalado nos meus ombros indo embora. Sinto uma liberdade de sentimentos se apossando do meu corpo, da minha alma. Alma essa, que parece flutuar dentro de mim. Neste momento sou um misto de sensações. Ansiedade. Nervosismo. Felicidade. Alivio. Satisfação. Tristeza. Sou pura emoção. A flor da pele. Uma bomba preste a explodir. Nesse misto de euforia com medo e com raiva. Ainda levando uma pitada de amargor e de amor. Esse ano foi um ano cheio de revelações. De decepções. De emoções. E de conquistas. Decepções com pessoas e coisas. Casamento, formaturas, nascimentos. A minha viagem. Fecho este ano com essa conquista. E abro 2007 iniciando essa vitória. Muitas perspectivas para essa viagem. Que Malta seja um grande aprendizado. Os esotéricos, espíritas, budistas, entre outros, anunciaram que 2007 será um ano de grandes mudanças. Mudanças que os humanos talvez não sejam capaz de compreender. Revoltas da natureza. Torço que a minha vida mude muito e pra melhor. Alias, torço para que todos tenham um ano de mudanças, mudar é sempre bom. Renova. Alivia.

Um feliz 2007 a todos.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Lobos em pele de cordeiro

A maioria das mulheres passam mais da metade das suas vidas esperando, sonhando e idealizando o seu casamento, para depois, de tanto sufoco, descobrir que os seus maridos são monstros. Lobos em pele de cordeiro. É isso que muitos maridos são: lobos! É alarmante o número de mulheres que são espancadas por seus próprios companheiros, é assustador e revoltante.

Segundo um estudo feito pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, em todo o país foram registrados, nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher, 55 mil casos de violência doméstica contra a mulher, só no ano de 2005. Se incluirmos os casos registrados em outras delegacias, esse número aumenta para 160,8 mil. Estima-se que esse número somado aos casos que não são denunciados chegue há dois milhões de mulheres violentadas pelos seus maridos lobos.

Me pergunto como alguém pode casar com um monstro desses? Durante o namoro ele não demonstrou ou deu a entender que era violento? Lobos em pele que cordeiro, isso é o que eles são. Lobos.

Dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, mostram que esses lobos são os responsáveis por 7% da morte de mulheres entre 15 e 44 anos no mundo todo. A pessoa com quem ela decidiu dividir sua vida, suas alegrias e tristezas é uma das principais responsáveis por sua morte.
Uma pesquisa realizada pelo site Copo de Leite, http://www.copodeleite.rits.org.br/, apontou que 66% das mulheres entrevistadas sofreram violência doméstica. Quem foram os agressores? Isso mesmo, eles, os lobos. Seus próprios maridos ou companheiros. A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, a Seade, divulgou que, a cada quatro minutos uma mulher é agredida, e que 70% dessas agressões são dentro de casa. Mais uma vez a mesma pergunta: por quem elas são agredidas? Mais uma vez, a mesma resposta: por seus parceiros. Os seus lobos disfarçados.

Depois de tantos dados, tanto sangue e tanta morte, o governo resolveu interferir, meter a colher no casamento dos outros. No dia 07 de agosto deste ano, Lula sancionou uma lei que protege as mulheres. A Lei Maria da Penha.

Maria da Penha é uma mulher de 60 anos de idade, que ficou tetraplégica, durante os anos 80, após sofrer duas tentativas de assassinato. Quem tentou matá-la? Sim, foi o seu esposo. Hoje ela é líder de movimentos em defesa dos direitos da mulher. Muito justa a homenagem. Nove anos depois seu agressor foi preso e condenado a 8 anos de prisão. Hoje está solto. Livre para espancar outras mulheres.

A nova lei vem pra proteger as mulheres como Maria Penha, vem para proteger todas as Marias, Joanas, Silvanas e Cicranas dos seus lobos. Agora os lobinhos deixaram de receber penas alternativas, como pagamento de cestas básicas e multas, e serão presos como qualquer bandido comum. O processo, o julgamento e a execução das causas seguirão as normas dos Códigos de Processos Penal e Processo Civil. A lei considera violência contra mulher, agressões físicas, psicológicas, sexuais, patrimoniais e morais.
Torço para essa lei não ser apenas mais uma. Que não caia no esquecimento como outras leis que temos por ai. E que se faça valer para todos, e não para alguns.

Se somos todos iguais perante a lei, que os lobos ricos paguem pelos seus erros igual aos lobos pobres. Que as mulheres pobres e ricas consigam fazer os seus maridos lobos pagarem o que devem, sem maiores ou menores benefícios.

Agora no fim, paro para pensar, que injustiça cometi com os lobos, que são duros e cruéis por instinto, por sobrevivência. Para sobreviver. Enquanto esses homens são cruéis e inescrupulosos sem uma explicação lógica, descente. E mesmo que as tivessem, nada justificaria.
Mariana Riccio
(artigo opinativo)

quinta-feira, agosto 31, 2006

um não

Às vezes um não é a melhor solução. E um sim, a pior traição. Viver na ignorância e no terror da incerteza é o que não vale a pena. Para se viver é necessário ser intenso. Larga o medo em casa e encarar os riscos. Não ariscar é covardia. E ser covarde, nunca é a melhor opção. Nada pior do que a incerteza. Melhor a certeza de um não, do que um sim sem firmeza. Decisões podem mudar a vida de uma pessoa, não decidir pode destruir.
Aquela frase clichê, “é melhor se arrepender do que fez, do que pelo que não fez”, é tão certa quanto dois mais dois são quatro. Melhor sangrar de vez, do que agonizar.
Drama? Não. Realidade.

Mari Riccio

quinta-feira, agosto 24, 2006

A Falta

Não sei, mas parece que você esquece do que deve ser
Não sei, mas se talvez viesse pra ser do bem e fizesse questão de ser além
Ah, só não me peça pra gostar e se despeça com o olhar de quem não pensa em voltar
Você me diz ignorar a falta que esse amor fará
Você falou e prometeu, que seja assim perto do seu e perto do meu amor
Não sei, mas se talvez viesse pra ser do bem e fizesse questão de ser além
Ah, só não me peça pra gostar e se despeça com o olhar de quem não pensa em voltar
Você me diz ignorar a falta que esse amor fará
Eu tive um amor, mas foi a dor que me ensinou a ser quem sou

[Canto Dos Malditos Na Terra Do Nunca] http://www.myspace.com/cantodosmalditosnaterradonunca




cabe pro momento

quarta-feira, agosto 23, 2006

resumo

Após um longo e tenebroso inverno, estou de volta.
Bem, sem muito que escrever.
Desde o final de julho que estou de volta as atividades acadêmicas. Sexto semestre. Como passa rápido. Ano que vem me formo. Já?
Só penso nisso. Me formar. Tenho medo, mas ao mesmo tempo tenho coragem.
Nunca estive tão aluada. Com a cabeça no lugar só porque o pescoço é grudado nela.
Sai do sedentarismo. Academia. Descobrir que é bom. Juro. É bom. Inclusive, vicia.
Estou vivendo um momento só meu. Entre altos e baixos. Estou feliz. Podia estar mais. Mas, por enquanto me basta.
Livros. Tenho lido muito. Estou no terceiro em menos de um mês. Livros jornalísticos. Rota 66. A sangue Frio. Abusado. Nesta ordem. Caco Barcelos. Capote.
Ler tem sido uma grande fuga. Uma fuga boa. Uma ocupação. Uma terapia. Terapia ocupacional.
Estou escrevendo um artigo. Cotas para negros e índios. Analisando a quantidade de vagas em duas cidades brasileiras. Salvador. Onde faltam vagas. Curitiba. Onde existem vagas demais.
Setembro chegando. Festival de Inverno de Lençóis. Amo a Chapada Diamantina.
Até breve pessoal.

Mariana Riccio

quinta-feira, julho 13, 2006

boa resposta

"As vezes a felicidade é como um doce suculento preso a uma linha de uma vara de pescar, presa em nossas costas... ai corremos doidos pa alcançá-lo... mas o doce sempre está à nossa frente !
A felicidade não precisa ser como o doce,ela está dentro de nós e num lugar onde certamente sabemos encontrar !"
Thiago Fonseca

uma boa resposta para o meu texto anterior.... obrigada amigo!

sábado, julho 08, 2006

vida

A vida é a chave mestra para as decisões que tomamos. Em relação ao jogo destinado por ela, estou perdendo de 10 à zero. Um dia eu ganho.
Será?
Espero que esse dia chegue... Espero...Espero que a hora de gritar minha vitória não demore, não sei se agüento mais esta tortura.
Me pergunto porque a felicidade é tão complicada. Por que será? Por que?

sábado, julho 01, 2006

para os poetas

"O poeta é um fingidor.
Finge completamente.
Que chega a fingirque é dor.
A dor que deveras sente"

Fernado Pessoa

domingo, junho 18, 2006

Gritar

Às vezes desejamos tanto uma coisa, que quando conseguimos não sabemos como lidar... Nos sentimos em um campo minado, onde a qualquer momento uma bomba pode estourar...é esse costume de sofrer por antecipação que acaba com a gente. É essa mania de tentar resolver tudo que atrapalha...O não saber dá tempo ao tempo...
Mas quem comanda tudo isso? É o medo. O medo de perder. O medo de sofrer. O medo de amar. O medo de sentir. O medo de ouvir. O medo de chorar. E ate, o medo de sorrir.
Consegui resolver uma situação com calma e com cautela é uma tarefa árdua. Raros aqueles que conseguem controlar seus impulsos. Raros aqueles que sabem lidar com os impulsos. Os impulsos... ai, os impulsos..
Aquele que faz você dizer que ama, que faz você dizer que odeia... que constrói um mundo e o destrói na mesma facilidade, na mesma intensidade.
Intensidade. Mas como viver sem ela. Ser intenso é melhor do que ser morno. Melhor meter o dedo na tomada do que sentar e esperar. Se eletrocutar, mover, agir.
Apenas suposições, su-po-si-ções. Meras suposições.
Texto confuso e cheio de pensamentos incompletos. Vontade de gritar. Essa é a verdade. Gritar.

segunda-feira, junho 12, 2006

Paula e Bebeto

Ê vida, vida, que amor brincadeira, à vera
Eles se amaram de qualquer maneira, à vera
Qualquer maneira de amor vale à pena
Qualquer maneira de amor vale amar

Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela / amar / à pena / valerá

Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu canto estarão sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante este canto
Qualquer maneira me vale cantar

Eles se amam de qualquer maneira, à vera
Eles se amam é prá vida inteira, à vera

Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá

Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá


[versão do acústico Gal Costa..participação de Frejat]

quarta-feira, maio 24, 2006

fim de semestre

Fim de semestre, sempre a mesma coisa. Correria pra lá, correria pra cá. Seminário daqui, prova de lá, artigo-resenha-fichamento pr’um lado e pro outro. E marca segunda chamada e pede pros santos ajudarem. E reza pra Jah, Allá e Buda para que as férias cheguem. Que venha o São João, mesmo que você não vá fazer nada. Mas você quer o São João. Eu quero o São João!


To sem tempo para nada...

Beijos

quarta-feira, maio 10, 2006

Condomínio

Morar em um condomínio seja de casas ou de prédios, tem lá suas peculiaridades.
Em um lugar onde se mora tanta gente, existem mais problemas do que soluções. Mais criticas do que apoios, mais fofocas do que amizades. Mas existem grandes amizades e muitas inimizades. Muita inveja e pouca compreensão.
Onde existem pessoas que consideram ganhar uma eleição pra sindico tão importante que festejam com uma cervejada. Imagine se fosse pra prefeito?
E gente que passa o dia todo cuidando do jardim enquanto o resto do condomínio está tão preocupado com isso que pisa em cima da placa de “não pise na grama”.
E outros que dedicam a vida a cuidar da vida dos outros.
E outros, que fazem projetos e mais projetos de portaria, pintura dos prédios. E tem aqueles que consideram tudo que os outros fazem uma merda, que se fossem eles que estivessem na frente do projeto tudo ia sair completamente diferente.
E os sorteios de vagas extras para serem alugada? Vixi Maria! Só falta sair tiro!
Uns que às 7 horas da manhã do sábado resolvem quebrar as paredes de casa.
Outros que todo dia sentam no banco em frente do prédio e discutem futebol, mas discutem mesmo, falta sair porrada.
Tem porteiro que acha que é dono do prédio. Porteiro cuidadoso, atencioso, porteiro enxerido.
Tem gente de todos os tipo e estilos. Tem doido, tem crente, tem descrente, tem beata, tem roqueiro, tem reggueiro, muambeiro, sabichão, gay, galinha, pagodeiro, butuqueiro, desligados e antenados...

segunda-feira, maio 08, 2006

Desrespeito

Às vezes fico impressionada com o desrespeito com que as pessoas tratam as outras. Como algumas coisas são tratadas com tanta casualidade e que na verdade deveria estar sendo condenada!

Eu odeio esperar, ser feita de palhaça. Creio que todos pensem assim. Mas porque ninguém faz nada? Todo mundo aceita como se fosse algo normal, natural da vida.
Fui há dois shows nesse final de semana, e nos dois me sentir desrespeitada. quinta-feira, na The Best, Diamba e Rwanda e sexta para Mosiah e Scambo no Rock in Rio.
Quinta-feira - O show estava marcado para as 23 horas, só foi começar mais de uma da madrugada. Porra! Desculpem o palavrão, mas, porra, o que é isso?!!?! Um atraso de meia hora vá lá que seja, não ta certo, mas a gente entende, aconteceu algum imprevisto, ou algo do tipo... Mas, 2 horas e pouca?!!?! Tenha santa paciência! O pior é depois ver o cantor chegando, com cara de que nada aconteceu, com cara até, de quem chegou a hoooras, e que está tudo certo. Um show com duas bandas, dia de quinta-feira que começa as uma e pouca da manhã! E esse foi o único caso q eu vi que a banda convidada toca depois da banda principal! Claro, depois de tanto atraso quem vai ficar pra ver a banda convidada, que às 4 horas da manha ainda estava na metade do show?!! O pior é nem dizer q valeu a pena esperar esse tempo todo pra ver a banda no palco, não se pode dizer... Desculpem de novo...Mas o show foi ruim, com som de péssima qualidade!! Tiveram tanto tempo e não ajeitaram o som?! Por que isso?? Falo da Diamba mesmo, a banda convidada, a Rwanda, muito legal, os coitados devem ter tido sérios problemas para acordar no outro dia!
Sexta-feira - Tive a sorte na sexta te ter sido avisada que o show iria começar meia noite, pois um amigo falou com um cara de uma das bandas e tal. Mas no ingresso e na divulgação o horário que estava avisando do inicio do show era às 22 horas. Eu ó cheguei perto do horário do show começar, o horário real, não o fictício que estava no convite, cheguei perto da meia noite. Mas e os outros desavisados? Estavam lá, naquele aeroclube bizarro, mofando, desde cedo. Uns desde de nove e pouca da noite. Porra! Qual a dificuldade em marcar o show no horário certo? Qual a dificuldade em dizer “pessoal, eu sei que o normal é o show começar dez da noite, mas achamos melhor começar meia noite, pois ai com certeza estaremos todos prontos e no palco para fazer um som pra vocês!” ?!?!?!?! Vocês podem me dizer!?!?! Eu não vejo dificuldades. Desse show pelo menos, só tenho elogios a fazer, a Mosiah muito legal no palco, musicas massa. E a Scambo, bom, a Scambo, foi tudo de maravilhoso, uma despedida e tanto! Boa sorte pros caras. Só pecaram no horário.
Eu acho que se todos se mostrassem no mínimo revoltados com essa situação, as coisas mudariam, não digo de imediato, digo em longo prazo. Em vez de um atraso de duas horas. Um atraso de meia hora. Há, já ia esquecer do velho argumento: “o publico nunca chega no horário”, ta certo, não chega mesmo, mas porque será?!! Considere o atraso do publico e dê o tempo dele chegar, mas ninguém atrasa 2 horas, porque sabe q não vai assistir o show. Experimentem começar a tocar no horário para ver se o publico não começa a comparecer na hora certa!

terça-feira, maio 02, 2006

Desabafo

Nobres amigos (as), deveras, vocês estão acostumados com meus comentários, entretanto, dessa vez, não o farei, apenas como crítica, mas como um desabafo.Minha apresentação pegará a vereda do Salvador-Card, ou seja, esse novo método de cobrança da meia-passagem para o estudante de Salvador. Agora o estudante não pagará ao cobrador o seu ingresso no ônibus, mas terá que fazer recargas prévias em um dos dois postos disponibilizados para tal.
A recarga só poderá ser efetuada três vezes ao mês, atendendo os requisitos pré-estabelecidos pelo órgão competente. Essa medida irá gerar muita confusão, vide meu exemplo, onde meus créditos foram debitados sem eu ter utilizado o meu cartão, ou então, ele tem vontade própria e saiu de casa sozinho. Ao fazer a reclamação, a atendente solicitou meu comparecimento em uma unidade do SETEPS para uma avaliação técnica do meu Smart-Card. Isso já é uma premonição de que eles tentarão me escorchar querendo que eu faça um novo cartão.
Essa medida foi adotada pela Secretaria Municipal de Transportes, sob a coordenação do parasita e incompetente Nestor Duarte, em convênio com o SETEPS, que representa os empresários e as empresas que, por sinal, oferece um péssimo serviço e disponibilizam verdadeiras arapucas como veículos para transporte em massa. O argumento utilizado para justificar a adoção desse método foi a segurança dentro dos ônibus de Salvador, afinal o dinheiro não irá circular e assim iria diminuir os assaltos. Isso é uma grande mentira, pois, dentro dos veículos terá o passageiro, que por sua vez, estará portando valores e bens. Assim sendo, o assaltante vai ingressar na sua investida criminosa e o passageiro será o grande prejudicado, enquanto as empresas, essas as grandes beneficiadas, não serão lesadas, pois elas já foram pagas pelo serviço, previamente, quando o cidadão fez aquela recarga anteriormente.
Quando questionamos as autoridades sobre a nossa segurança, os mesmos recomendam que a população não utilize objetos de valores. Sim, então não poderemos utilizar o telefone móvel, um relógio, uma semi-jóia ou uma roupa mais requintada? Teremos que voltar ao tempo de Adão e Eva e usar uma folha de parreira para cobrir nossas intimidades? Também vale alertar que o cidadão que for roubado dentro do coletivo, deve prestar queixa e impetrar uma ação contra a empresa prestadora do serviço, solicitando ressarcimento do prejuízo, pois ao pagarmos por um serviço, estamos sob responsabilidade daquela empresa, ou estou errado?
Infelizmente vivemos em um país onde a incompetência político-administrativa parte da esfera federal até a municipal. Enquanto todos se preocupam com o astronauta brasileiro que foi para o espaço, nós deveríamos saber que nossos patrícios já foram para o espaço faz tempo. Aliás, em minha opinião, Brasília é uma grande nave espacial, recheada de marcianos que desempenham o papel de meretrizes do poder, estuprando o direito do povo brasileiro e fazendo barbáries com nosso dinheiro.
Aqui fica o meu desabafo e minha sugestão para que fiquemos atentos para essa nova medida, pois muita gente poderá ser prejudicada, por exemplo, estudantes que terão que juntar um volume maior em dinheiro pra fazer sua recarga e os cobradores que poderão perder seus empregos, afinal, qual papel eles farão no sistema?
texto de: Deivisson Lopes (estudante de Biblioteconomia e Documentação da UFBA)

quarta-feira, abril 26, 2006

A gente

Que mania que a gente tem de ver as coisas só pelo lado que interessa a gente... Ta na hora de começar a olhar pra gente por fora! Como se não nos conhecêssemos... olá, estranho!

quinta-feira, abril 13, 2006

A Carne dos Deuses

Lembra dos retro-mutantes, dos proto-mutantes
Dos bio-mutantes cantados em momentos atrás
Os quais ainda são a linha esperada, a conduta marcada
Por atitudes de originalidade e paz
Mas desta vez vou falar de homens
Que por caminhos diferentes daqueles
Procuram também seus objetivos naturais
Também não se estabeleceram, não aceitaram
Não se encaixaram em perversas etiquetas sociais
Todos anormais, todos desqualificados
Castrados, desajustados
Considerados um problema
Eles têm uma sensibilidade aflorada
Que os tolos não podem aceitar
Porque estão todos fora do esquema
Agora onde sou, quem estou?
Pra quem só passa pela vida
Isso pode até parecer brincadeira, mas não...
Como eles, eu volto ao monte, volto à caverna
Sinto o bicho que sou se contorcendo em minha veia
Volto ao tudo para achar a resposta mais sensata
A carne dos Deuses em minha cara

Simplesmente
A carne dos Deuses em minha cara
Eu volto ao monte
A carne dos Deuses em minha cara

E assim eles me mostraram:
Passe dos limites da sua casa, da sua turma
Se comunique sem nenhum tipo de rótulo
Supere seus limites
Não se conforme com a informação
Busque, atreva, ultrapasse os muros impostos
Atravesse a linha do seu horizonte
Eleve seu espírito como um flash
Sem destino, em todas as direções
Supere seus limites de respiração, de força de bicho
Como um macaco nu que luta incondicionalmente pela vida
Então, sinta mais...
Abrace cada sentimento seja ele qual for
Como se abraça a quem se ama
E quando precisar, chore
Onde estiver, chore
E um dia, dance...
Um dia dance do jeito que você quiser
Sem dúvida, as pessoas que dançam com verdade
São pessoas muito mais felizes
E por mais louco que possa parecer
Não me ouça
Pois posso ser apenas mais um tijolo daquele muro que você quer
Passar...
Simplesmente passar...
Passar...
Simplesmente passar...

Simplesmente
A carne dos Deuses em minha cara
Eu volto ao monte
Eu volto ao monte


[Scambo - A Carne dos Deuses]

qem eu sou?

Quem eu sou? Sou gente comum.
Que erra, que acerta. Que cai, que machuca, que é machucada. Que rir, que chora, que sofre, que ama. Que limpa a orelha dez vezes no dia, que tem agonia a algodão no pé.
Que grita, que briga. Que fala merda e é seria. Que tem pânico de cachorro. Que ama acarajé. Viciada em coca-cola. Que considera sexo uma das melhores invenções do mundo. Que se pergunta como pode alguém gostar de feijão.
Que aconselha, mas da bronca. Que faz merda e admite, ou não. Que tem um orgulho, que quando ferido, tenha medo. Mas sempre cautelosa, ta bom, nem sempre. Que mete os pés pelas mãos. Que tem mania de achar que todos pensam que nem eu.
Que é livre pra ir e vir, querer ou não, fazer ou desfazer. Que sonha com um amor. Que vive uma paixão. Que ama amar e não pede nada em troca. Que pede carinho, abraços e beijinhos.
Que não vive sem trilha sonora. Que filme, brigadeiro, coca-cola e amigas é igual à felicidade sem fim. Que quer ser alguém quando crescer. Que considera viajar um prazer sem igual.
Que conversa pelos cotovelos. Que é grossa. Que é estúpida. Que é carinhosa e amável. Que é mulher de fases, antes e pós tpm.
Que ama livros e fotografias. Que é apaixonada por informação. Que é descontrolada com dinheiro. Que não sabe fazer economias, só gastos. Que já foi roubada. Que já levou umas porradas da mamãe. Que chorou. Que aprendeu que não se faz certas coisas.
Que tem insônia. Que passa três horas no telefone e nem sente. Que é fiel, principalmente aos seus sentimentos (tanto com o mundo como com pessoas). Que faz plano. Que só descobriu que é bom assistir aula no segundo ano de faculdade. Que vai se formar. Que vai ser jornalista. Que tem desejo de doce constantemente. Que odeia rótulos. Que não tolera mentiras.

Acho que sou um pouco disso, um pouco daquilo. Meio assim, meio assada. Meio ousada, meio tímida. Metade mulherão e metade menininha. Banda boa e banda estragada.

domingo, abril 09, 2006

Razão para as coisas do coração

Não me pergunte porque faço. Eu faço.
Não me pergunto porque vou. Eu vou.
Não me pergunte porque estou. Só estou.
Não me pergunte porque permaneço. Eu fico.


Tem coisas que a resposta, a razão e a intenção não explicam o ato. Simplesmente acontecem.
Ninguém pediu, ninguém previu.
Coisas que jamais faria. Que condenaria.
Condenaria se não houvesse amor.
Se fosse joguinho, sedução, sacanagem.
É amor. Só amor.
Sem mais ou menos. Puro e simples amor.
Amor que agüenta, que enfrenta. Que enfrenta até os próprios princípios. E que prova, como dois mais dois podem ser cinco.
Amor que deseja, que luta, que ama. E que espera. Que tem esperança. Que acredita.
Que vive. Que se ilude.
Amor lindo. Livre. Que aproveita. Que apóia. E que sonha.
Amor que não cobra, aguarda. Dá o tempo.
Até quando?
Até quando existir e permanecer esse amor.
Enquanto ele for forte o bastante pra agüentar os baques que a vida lhe dá.
Como procurar razão nas coisas feitas pelo coração. Mas como não procurar?
O problema é achar.
Não achei.
Só sei, só sinto, só vivo.

sábado, abril 08, 2006

Violência urbana

Violência sempre gera mais violência, o que acaba fazendo as pessoas terem medo. Viver em grandes centros urbanos vem se tornando desconfortável para a sociedade, pois o receio de ser violentado no meio da rua é grande.

Com toda essa onde de violência que vemos todo dia na televisão, pessoas sendo queimadas vivas em ônibus, seqüestros relâmpagos e assaltos, fica difícil de distinguir se estamos apenas em uma rotina comum de um país ou em plena guerra. Sair de casa se torna uma aventura, o medo de não voltar existe e é cada vez maior.

Vivendo no morro ou em prédios cercados de grades o risco parece ser o mesmo. Não existe mais lugar de risco, todos agora são. Ao deixar o filho na escola, o marido saindo pra trabalhar, a filha indo pro salão de beleza, a mulher em casa todos estão na mesma roda do destino. O salão pode ser assaltado, uma bala perdida, o condomínio inteiro devassado por armas, viver se torna uma tortura.

À vontade de deixar os grandes centros e se mudar para o campo aumenta, mas o medo da renda cair não deixa que todos tomem essa atitude, ao mesmo tempo, os homens do campo, saem de suas cidades em busca de dinheiro e uma vida mais digna, mas só encontram o desamparo de uma cidade grande, passam fome e frio, não arranjam dinheiro nem para voltar pra casa, e acabam roubando.

Mas não precisa sair do interior para passar por essas situações, nascer na cidade grande também já é uma luta. Luta contra fome, frio e a miséria. Essas são as principais causas do país está como está, com o caos instalado e medo reinando no lugar da tranqüilidade.
Texto escrito no final de 2005, para salvar meu irmão de uma recuperação... coincidência ou não, ele cabe direitinho nos últimos acontecimentos...

terça-feira, março 28, 2006

fatos reais

Fim de aula. Tenho que me apressar pra não perder o ônibus para o trabalho. Resolvo ir por um caminho diferente. Vou pensando na vida, pensando que semana que vem completo 21 anos, imagine se algo me acontece e não chego aos 21? Tenho que atravessar a Paralela, não estou na faixa, mas o sinal fechou, não posso perder essa oportunidade. Atravesso. Continuo andando, ainda tenho outra parte para atravessar.

Quando chego à outra faixa vejo meu ônibus, “Portão”, passando. Merda! Atravesso. Um minibus “Vilas do Atlântico”, não gosto desse ônibus, não devia entrar. Entrei. Merda! Sento ainda brigando comigo. Ônibus ia seguindo o seu percurso normal. Alguém puxa a cordinha, o ônibus para no Parque de Exposições. O menino desceu. O “motô” arrasta.

Um grito. Um tiro. É assalto. Como? Assalto. Todo mundo em pânico. Três ladrões e um passageiro gritando que ia morrer. Terror. “Quem esconder coisa vai levar tiro, tiro na cabeça. Na ca-be-ça.” Ninguém duvida. Medo. Na hora o nervoso. Tirar ou não tirar as coisas da bolsa? O celular que tem três dias de uso. O dinheiro no bolso. Corro para o fundo do “buzu”, “senta aqui!! Vem!”, me diz a menina. Sento. Me abaixo. Tremo. Tremo muito.

O ladrão se aproxima. “Todo mundo passando tudo!!! Bora!!!” ele me viu, e agora? “E você, ta escondendo a bolsa é? Ta escondendo ‘as coisa’??”, “não moço, não”, “abra a bolsa ai pr’eu ver, abra ai, e já sabe, né? Se tiver ‘escondenu’ vai levar tiro na cabeça”. Abro a bolsa em pânico. “Vou morrer”. Ele não viu o celular. Ufa! Abro a carteira. Nada dentro. “Você não tem nada? Na-da?”. Pronto, vou morrer agora porque não tenho nada’. Abro a mão, meu vale transporte. “Bota aqui, BORA, rápido, coloca o vale aqui!” Não penso duas vezes, largo o vale. Mais medo!
Eles mandam o ônibus entrar em Stella Maris. Vão matar todo mundo, pensei. “Para o ônibus motô, para!!!”, os ladrões descem. “vão em frente e não pare! Não pare!”, diz um dos assaltantes. O motorista segue. “O homem morreu!”, gritou um cara no fundo do ônibus. Desespero. Um homem morto. Choro. “Toca pro hospital, motô!!”, gritava todo mundo dentro do ônibus. Choro. Choro. Chegamos no hospital. Alivio. Mas o nervoso ainda tomava conta de todos. Acabou. Um sedativo. Dois sedativos. Não adianta. O medo, o pavor ainda estavam comigo. Ainda está comigo.
[aconteceu ontem, 27/03, às 13 horas.]
[não peguem minibus vazio!]

segunda-feira, março 20, 2006

viajar

viajar. pra uns um prazer. pra outros uma obrigaçã0. uma diversão. uma chateação. novidades. repetição.

sábado, março 18, 2006

?

B - você vai?
D- Ahan
B- eu espero..
D - demora...
B- espero.
D - longos dias...
B- espero.
D- por uma vida?
B- espero.
D- não vou mais!

plim

caiu aqui. levanto ali.
num salto assim. plim
vou de lá. caio pra cá.
num riso assim. plim

sento. deito. levanto. durmo.
como. leio. desligo. falo. ligo.
vivo. consigo. contigo.
assisto. mudo. assusto.
de carro. a pé. em pé. pra lé.

finjo. vejo. engano. desminto.
sentindo. minto
sofro. esforço. choro.
passou e plim.

sexta-feira, março 17, 2006

gente

gente. humilde. vazia. inteligente. carente. hipocrita. gentil. bonita. sutil.
do sul. do norte. de Paris. do Paquistão.
gente. so gente. que pensa. ou não. ou finge que não. não?

quinta-feira, março 16, 2006

coisas

as coisas. coisas boas. coisas ruins. coisas aturaveis. inevitaveis. frustantes. impensaveis. desejaveis. amaveis. raivosa.

que fazemos. por prazer. por obrigação. por pena. por educação. por sedução. por malcriação.

que não queremos. que fazemos. que sonhamos que fizemos. mas não fizemos. ou fizemos?

terça-feira, março 14, 2006

palavra

o dom de falar. o dom de se comunicar. prender a atenção. chamar a atenção. fazer sentido. entrar num contexto. ter dialetica. ser atrativo. ter o dom da palavra.

politico. ator. compositor. escritor. lixeiro. faxieneiro. estudante. arquiteto. jornalista. gente simples. gente rica. gente. só gente.

todos tem. uns mais. uns menos. mais tem. todos tem.

sábado, fevereiro 18, 2006

Totalmente demais

Linda como um neném
Que sexo tem, que sexo tem?
Namora sempre com gay
Que nexo faz tão sexy gay
Rock´n´roll?Pra ela é jazz
Já transou...Hi-life, society
Bancando o jogo alto


Totalmente demais, demais

Esperta como ninguém
Só vai na boa. Só se dá bem

Na lua cheia tá doida

Apaixonada, não sei por quem
Agitou um broto a mais
Nem pensou
Curtiu, já foi

Foi só pra relaxar

Totalmente demais, demais

Sabe sempre quem tem
Faz avião, só se dá bem
Se pensa que tem problema
Não tem problema
Faz sexo bem

Totalmente demais, demais

[Totalmente demais / Hanoi - Hanoi]

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

tempo

O tempo parece brincar, alias, ele é um brincalhão. O tempo é um
brincalhão.
Passa tempo, volta tempo. Chuva, sol, verão, inverno e o tempo
brincando.
Nessa brincadeira de tempos em tempos o tempo voa.
Às vezes retarda, mas não para.
Para tempo, para de brincar.
Para de bancar de tempo e esquece os segundos, os minutos.
Vai tempo, esquece.
Toma um rumo. E não se atrasa. Por que o tempo não brinca.
Ele chega e vai embora.
Vamos tempo, vamos embora.

terça-feira, janeiro 31, 2006

de volta

de volta a velha rotina,
de volta ao mundo academico depois de um curto periodo de ferias.
primeiros dias de aula, "oi, eu sou numseiquem, to fazendo esse curso porque tererere e gostaria que patata"
um ciclo que se repete a cada semestre. chato, mas, necessariamente interessante!?!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

um pouco de mim

Só sei que a cada dia sinto mais orgulho de ser quem sou e fazer o que faço e ser o que gosto... Amo amar, amo viver, amo gostar, amo o jornalismo e a literatura, a cultura e a musica, o querer bem e o amargar... Sou transparente, não é difícil saber se gostei ou não, se quero ou não, se vou ou nãoSou grossa, bruta...Mas sou sensível e carinhosa...Sou da lua e sou do sol Do inverno e do verão Do mundo e sou de casa...
....