terça-feira, março 30, 2010

Força Estranha


Para quem está habituado a gostar das biografias escritas por Nelson Motta e desgostar dos romances escritos pelo mesmo, Força Estranha é um livro de crônicas que balanceia esse sentimento sobre Nelson. Eu tenho uma paixão maior por crônicas, realmente amo e Força Estranha não tem deixado a desejar. Gostei muito das crônicas que já li. E me sinto confortável o bastante para recomendar.

Hoje, amanhã e depois

"Outro endereço desse mesmo lugar
Acende a lembrança o agora já foi
De esquina pra esquina conhecendo o chão
Tudo isso andado pra quem já começou
E de lá, sempre daqui pra o depois
Já tenho o que quero pra chegar onde vou
Deixado vivo e bem atento no chão
Na estica do dia
Dançando o furacão
Pagou e
Devendo ainda assim foi"

[Nação Zumbi]

sábado, março 27, 2010

RetroRonei



Retrofoguetes e Ronei Jorge no Groove Bar, dia 09 de abril.

Have a nice weekend




Fica a dica de trilha sonora: She & Him - Volume Two
http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=124615798&ft=1&f=1039

quinta-feira, março 25, 2010

Arte no livro

A internet é incrível, ne? Você recebe um email aqui, um compartilhamento no Reader, no twitter ou sei lá mais onde e pronto. Clica em um link que leva para outro, que leva para outro e assim vai...
Um amigo compartilhou no Reader uma página do site Abduzeedo, eu achei muito interessante e resolvi compartilhar com vocês também.


"Paper has been used for communication since its invention; either between humans or in an attempt to communicate with the spirit world. I employ this delicate, accessible medium and use irreversible, destructive processes to reflect on the precariousness of the world we inhabit and the fragility of our life, dreams and ambitions."

A artista é uma estudante de NY, chamada Amanda Macedo. Ela também está no twitter como @amlight.

O Mais legal é que o próprio site já é programado pra compartilhar. Quando você clica na imagem ele direciona as opções disponíveis de compartilhamento.
Acesse e veja mais aqui: http://abduzeedo.com

Sometimes

quarta-feira, março 24, 2010

"Transformar a banalidade da existência em experiência original, exclusiva, não importa a idade que você tenha"


“Estilo pessoal, imagem própria, linguagem visual, caracterização das diferenças de cada um, isso tudo só é possivél conseguir, neste novo século, com habilidade para misturar, combinar (...)”

[Costanza Pascolato]


*Pascola, Costanza
Confidencial - Segredos de Moda, Estilo e Bem-Viver/ São Paulo: Jaboticaba, 2009

terça-feira, março 23, 2010

If I ever feel better



"They say an end can be a start
Feels like I've been buried yet I'm still alive
It's like a bad day that never ends
I feel the chaos around me

A thing I don't try to deny
I'd better learn to accept that
There are things in my life that I can't control

They say love ain't nothing but a sore
I don't even know what love is
Too many tears have had to fall
Don't you know I'm so tired of it all"

(...)

Phoenix

Fuck Yeah love!



"Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d'água." [Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, março 22, 2010

Just stopped raining


"Tão estranho carregar a vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros"

[Caio Fernando Abreu]












*Foto: Phillipp Klinger

domingo, março 21, 2010

O Gato Sou Eu - Fernando Sabino

- Aí então, eu sonhei que tinha acordado. Mas continuei dormindo.
- Continuou dormindo.
- Continuei dormindo e sonhando. Sonhei que estava acordado na cama, e ao lado, sentado na cadeira, tinha um gato me olhando.
- Que espécie de gato?
- Não sei. Um gato. Não entendo de gatos. Acho que era um gato preto. Só sei que me olhava com aqueles olhos parados de gato.
- A que você associa essa imagem?
- Não era uma imagem: era um gato.
- Estou dizendo a imagem do seu sonho: essa criação onírica simboliza uma profunda vivência interior. É uma projeção do seu subconsciente. A que você associa ela?
- Associo a um gato.
- Eu sei: aparentemente se trata de um gato. Mas na realidade o gato, no caso, é a representação de alguém. Alguém que lhe inspira um temor reverencial. Alguém que a seu ver está buscando desvendar o seu mais íntimo segredo. Quem pode ser essa alguém, me diga? Você deitado aí nesse divã como na cama em seu sonho, eu aqui nesta poltrona, o gato na cadeira… Evidentemente esse gato sou eu.
- Essa não, doutor. A ser alguém, neste caso o gato sou eu.
- Você está enganado. E o mais curioso é que, ao mesmo tempo, está certo, certíssimo, no sentido em que tudo o que se sonha não passa de uma projeção do eu.
- Uma projeção do senhor?
- Não: uma projeção do eu. O eu, no caso, é você.
- Eu sou o senhor? Qual é, doutor? Está querendo me confundir a cabeça ainda mais? Eu sou eu, o senhor é o senhor, e estamos conversados.
- Eu sei: eu sou eu, você é você. Nem eu iria pôr em dúvida uma coisa dessas, mais do que evidente. Não é isso que eu estou dizendo. Quando falo no eu, não estou falando em mim, por favor, entenda.
- Em quem o senhor está falando?
- Estou falando na individualidade do ser, que se projeta em símbolos oníricos. Dos quais o gato do seu sonho é um perfeito exemplo. E o papel que você atribui ao gato, de fiscalizá-lo o tempo todo, sem tirar os olhos de você, é o mesmo que atribui a mim. Por isso é que eu digo que o gato sou eu.
- Absolutamente. O senhor vai me desculpar, doutor, mas o gato sou eu, e disto não abro mão.
- Vamos analisar essa sua resistência em admitir que eu seja o gato.
- Então vamos começar pela sua insistência em querer ser o gato. Afinal de contas, de quem é o sonho: meu ou seu?
- Seu. Quanto a isto, não há a menor dúvida.
- Pois então? Sendo assim, não há também a menor dúvida de que o gato sou eu, não é mesmo?
- Aí é que você se engana. O gato é você, na sua opinião. E sua opinião é suspeita, porque formulada pelo consciente. Ao passo que, no subconsciente, o gato é uma representação do que significo para você. Portanto, insisto em dizer: o gato sou eu.
- E eu insisto em dizer: não é.
- Sou.
- Não é. O senhor por favor saia do meu gato, que senão eu não volto mais aqui.
- Observe como inconscientemente você está rejeitando minha interferência na sua vida através de uma chantagem…
- Que é que há, doutor? Está me chamando de chantagista?
- É um modo de dizer. Não vai nisso nenhuma ofensa. Quero me referir à sua recusa de que eu participe de sua vida, mesmo num sonho, na forma de um gato.
- Pois se o gato sou eu! Daqui a pouco o senhor vai querer cobrar consulta até dentro do meu sonho.
- Olhe aí, não estou dizendo? Olhe a sua reação: isso é a sua maneira de me agredir. Não posso cobrar consulta dentro do seu sonho enquanto eu assumir nele a forma de um gato.
- Já disse que o gato sou eu!
- Sou eu!
- Ponha-se para fora do meu gato!
- Ponha-se para fora daqui!
- Sou eu!
- Eu!
- Eu! Eu!
- Eu! Eu! Eu!

Quebrando o jejum

A ultima vez que passei por aqui meus dias ainda se dividiam entre crianças e estudo, mais crianças do que estudo, na realidade. Tem nove meses que minha rotina deixou de ser crianças-escola-milk-crianças-karatê-crianças.. e mesmo assim não apareci por aqui....
Logo que cheguei, escrevi um texto imenso sobre como estava me sentindo, minhas impressões sobre as coisas, pessoas, lugares que há um ano eu não via. Não sei porque não postei.... Hoje já não é de grande valia....
Nesse meio tempo antes e depois de voltar, eu criei algumas manias. O Twitter é uma ferramenta fundamental no meu dia, minha timeline é recheada de informações. Sigo aos que interessam, aos que falam assuntos que me agradam, sigo amigos, acompanho notícias do mundo inteiro. Meu primeiro bom dia é pra tela de login no Twitter, depois eu falo com o resto do mundo. Já o meu twitter mesmo, a minha timeline, os meus 140 caracteres é na sua maioria de conteúdo que não diz nada, compartilho links que tenham me chamado atenção, mas não faço A diferença, mas não é o meu que importa, o meu é pessoal tanto que é bloqueado....o mais importante mesmo são as pessoas que eu sigo, jornais, revistas, blogs, especialistas e por ia vai..... Outra ferramenta que estou aprendendo usar e estou cada dia mais entrosada é o Google Reader. Só acho que a dinâmica podia ser melhor, as informações ficam todas coladas umas nas outras, mas sei la, de repente sou eu que não aprendeu a organizar ainda.
Orkut e Facebook mantenho para manter contato. Eu acredito que seja uma boa forma de não perder algumas pessoas especiais, quando o fuso horário e a quilometragem não ajudam muito. Crie um Formspring, tenho, desde mil novecentos e bolinha, um Fotolog que de vez em tanto eu passo e atualizo, tem um Flickr que queria atualizar mais....Tenho um Myspace super desatualizado, que eu crie só por conta de umas 3 ou 4 pessoas.
Ah, e hoje eu abri uma conta no Photobooth. Pra postar fotos diárias, pode ser da webcam mesmo, que é o mais legal! Enfim, é essa a minha vida virtual atual.

Pronto, quebrei o jejum por aqui.