quarta-feira, julho 28, 2010

afilhado


Quando Jussara (moça que trabalhou muitos anos na minha casa e hoje é a tec. de enfermagem que cuida do meu avô) me contou que estava gravida e que queria que eu e Gabriel (meu irmão do meio) fôssemos os padrinhos, eu chorei. Chorei de emoção mesmo. E desde aquele momento pensei na tamanha responsabilidade que eu estava assumindo perante a ela e, principalmente, perante ao neném.



Meus padrinhos sempre foram muito presentes na minha vida, muito mesmo, eles são meus segundos pais, exerceram esse papel de verdade. Houve ocasiões em que eles interferiram de maneira drástica na minha educação. Como eles moravam no prédio ao lado do meu, cresci entrando e saindo da casa deles, e minhas primas, filhas deles, se tornaram minhas irmãs. Meus padrinhos jamais esqueceram um aniversário meu, sempre foram os primeiros a me dar parabéns às 6 horas da manhã dos dias 5 de abril. Meus padrinhos me aconselhavam, brigavam comigo e até me colocavam de castigo. Se eu sou quem sou hoje, eles sem dúvidas tem uma grande participação.

E eu quero ser assim para Cleiton, meu afilhado. Quero para sempre fazer parte da vida dele, quero aconselhar, ajudar na educação em tudo em que estiver ao meu alcance. Quero que, quando ele pense em mim, ele se sinta como eu me sinto quando penso nos meus padrinhos.



Eu tive muita sorte na escolha que meus pais fizeram, escolheram o irmão mais velho de minha mãe e sua esposa, que era amiga de infância de mainha. Gabriel, meu irmão também teve sorte, o irmão mais novo de minha mãe e sua esposa também sempre se fizeram muito presentes na vida dele. Já Rafa, meu irmão mais novo, só contou com o padrinho, irmão do seilaoque, são tantos que nem sei a ordem, de minha mãe e a madrinha na época era esposa dele, mas ai veio a separação e ela foi cuidar da vida dela e nunca fez muita festa com Rafa. E ele sentiu muito quando criança a falta de uma madrinha presente, visto que eu e Bito tínhamos os nossos sempre com a gente.

Cleiton nasceu em abril e em junho eu fui para a California, quando cheguei, um ano depois ele não queria conta comigo, só com o dindo Gabriel, um chamego rapaz, de meter inveja. Desde que voltei venho tentando me aproximar dele, mas ele só quer Gabriel. Ai, eis que semana passada, em uma das visitas quinzenais, eu que já estava desistindo da batalha, ganhei meu dia e finalmente criei um vinculo com Cleitinho. O danado me procurou e grudou em mim. Até agora eu estou emocionada.

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